Uma das coisas
que faz com que nós mulheres engordemos demais é a gravidez. Na minha primeira
gravidez, até que não foi tanto, além disso, eu era bem magrinha e logo voltei
ao meu corpo normal. Mas na segunda gravidez foi diferente, antes de engravidar
já estava com 70 kg, uns 3 kg acima do meu peso ideal. Já estava beirando os 30
anos o que também influencia muito quando falamos em metabolismo.
Na gravidez da
Mariana cheguei aos 86 kg!! Isso me fez um mal enorme, porque já tinha
problemas nos joelhos, um tipo de tendinite que com o aumento de peso piorou
mais ainda, sem contar de tive problemas de pressão alta, coisa que nunca havia
tido na primeira gestação, foi difícil em apenas 9 meses estar com 16 kg a
mais, meu corpo não estava suportando.
Depois que
tive a Mariana, achei que com a amamentação conseguiria emagrecer logo, mas não
foi assim, sem contar que eu tinha uma rotina difícil, cheguei a trabalhar o
dia todo e quando chegava em casa era mais trabalho ainda, não tinha tempo de
cuidar de mim, quase pirei e a depressão veio com o caralho!!
Cheguei a
perder um pouco de peso mas com a ansiedade, a rotina e a depressão ganhei todo
o peso que tinha novamente, voltei a ficar com o peso que estava quando
gestante. Era horrível!! Para comprar roupas era uma tristeza, usava roupas GG
e TAM 46, tinha vergonha de sair, de ver pessoas era uma merda!!
E passou uns 2
anos assim, fui me acomodando e não conseguia tomar iniciativa para mudar essa
situação. É difícil você perceber que algo não está legal, ou certo, de ouvir
as pessoas falando sobre algo em que você precisa melhorar, de você se olhar no
espelho e detestar o que vê e por isso não sentir a menor vontade de ver as
pessoas, os amigos, de sair porque você se sente a pior pessoa do mundo. Era
assim que eu estava me sentindo.
Cheguei a me
consultar com um endocrinologista, fiz exames e tudo mais e ele me passou um remédio
que tinha sibutramina, me deu a maior dose que ele pode me passar, além de uma
dieta e recomendou que eu caminhasse pelo menos 30 minutos diariamente. Fiz a
dieta, tomei o remédio mas não consegui me exercitar. E posso dizer pra vocês que
esse remédio é um veneno!!! Sofri os efeitos colaterais, fiquei irritada
demais, sentia raiva por qualquer coisa, estava quase pra esganar alguém. Com
uns 20 dias de medicamento, meu marido me mandou jogar fora aquela porra pois
eu não estava bem com aquilo. Cheguei a perder uns 4 kg mas não foi da melhor
maneira.
Retornei ao
médico, disse que havia me sentido mal com aquele remédio, falei até que tinha
visto uma reportagem na TV dizendo que aquela substância, a sibutramina tinha
sido proibida em alguns países. Ele não gostou do que ouviu, disse que os caras
da TV querem saber mais que os médicos e tal e me passou outro remédio, que por
sinal era mais de 200,00 paus. Conclusão: mandei pra casa do caralho! Não
comprei o remédio, parei com a dieta e voltei a estaca zero.
Apesar disso
tudo, não me aceitava do jeito que eu estava mas não estava preparada ainda
para a mudança. Sempre tive
em mente que devemos mudar quando sentimos necessidade e não porque um ou outro
repara, ou fala que você tem que mudar. Foi isso que aconteceu comigo quando
decidi emagrecer, um dia essa necessidade veio, pensei que queria viver melhor,
viver mais, ser mais saudável.
Lembro que quando comecei a trabalhar novamente,
pelo mês de março desse ano. Tive várias crises de pressão alta, quando subia
as escadas da passarela para ir pra parada de ônibus, só faltava morrer de
cansaço, sem contar que os joelhos doíam miseravelmente.
Foi então que pensei: Eu tenho duas filhas pequenas
ainda, tenho um marido maravilhoso com quem quero passar muitos anos junto,
tenho muitos planos, muita coisa para fazer e não posso viver assim desse
jeito, esperando a morte bater a minha porta ou pior, ter de repente um AVC e
ficar inválida dando trabalho para os outros, sendo um peso, um estorvo para
quem tem muito que viver ainda. Vocês devem estar pensando: Como assim Nil,
ficar invalida é pior do que morrer? Bom, pra mim é sim, pelo seguinte: penso
que morrer rápido é bem melhor do que ficar doente e inválido isso causa muito
mais sofrimento e não é só pra pessoa que está doente, mas pra todo o resto e
isso eu não gostaria, prefiro a morte do que ficar numa cama, dependendo de
outrem para comer, tomar banho enfim.
Pensando em todas essas coisas e muito mais, com
minha mente fértil foi que decidi mudar!! Então, reuni todas as minhas forças,
estabeleci uma meta e comecei a trabalhar para alcançar os meus objetivos. Confesso
que não foi fácil começar, aliás ainda não é fácil, mas estou trabalhando
dia-a-dia e vejo o quando progredi durante esse tempo e isso me dá mais forças
para continuar...
...Na próxima postagem contarei como foi o início
da nova rotina, abraço a quem passar por aqui!
First!
ResponderExcluirParabéns pelo blog novo!
ResponderExcluirNilsandra 3.0
ResponderExcluirA melhor parte foi "tenho um marido maravilhoso com quem quero passar muitos anos junto".
ResponderExcluirObrigada pelo apoio meu queridão!! Te amo demais!!
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