terça-feira, 25 de setembro de 2012

Onde tudo começou...





Uma das coisas que faz com que nós mulheres engordemos demais é a gravidez. Na minha primeira gravidez, até que não foi tanto, além disso, eu era bem magrinha e logo voltei ao meu corpo normal. Mas na segunda gravidez foi diferente, antes de engravidar já estava com 70 kg, uns 3 kg acima do meu peso ideal. Já estava beirando os 30 anos o que também influencia muito quando falamos em metabolismo.
Na gravidez da Mariana cheguei aos 86 kg!! Isso me fez um mal enorme, porque já tinha problemas nos joelhos, um tipo de tendinite que com o aumento de peso piorou mais ainda, sem contar de tive problemas de pressão alta, coisa que nunca havia tido na primeira gestação, foi difícil em apenas 9 meses estar com 16 kg a mais, meu corpo não estava suportando.
Depois que tive a Mariana, achei que com a amamentação conseguiria emagrecer logo, mas não foi assim, sem contar que eu tinha uma rotina difícil, cheguei a trabalhar o dia todo e quando chegava em casa era mais trabalho ainda, não tinha tempo de cuidar de mim, quase pirei e a depressão veio com o caralho!!
Cheguei a perder um pouco de peso mas com a ansiedade, a rotina e a depressão ganhei todo o peso que tinha novamente, voltei a ficar com o peso que estava quando gestante. Era horrível!! Para comprar roupas era uma tristeza, usava roupas GG e TAM 46, tinha vergonha de sair, de ver pessoas era uma merda!!
E passou uns 2 anos assim, fui me acomodando e não conseguia tomar iniciativa para mudar essa situação. É difícil você perceber que algo não está legal, ou certo, de ouvir as pessoas falando sobre algo em que você precisa melhorar, de você se olhar no espelho e detestar o que vê e por isso não sentir a menor vontade de ver as pessoas, os amigos, de sair porque você se sente a pior pessoa do mundo. Era assim que eu estava me sentindo.
Cheguei a me consultar com um endocrinologista, fiz exames e tudo mais e ele me passou um remédio que tinha sibutramina, me deu a maior dose que ele pode me passar, além de uma dieta e recomendou que eu caminhasse pelo menos 30 minutos diariamente. Fiz a dieta, tomei o remédio mas não consegui me exercitar. E posso dizer pra vocês que esse remédio é um veneno!!! Sofri os efeitos colaterais, fiquei irritada demais, sentia raiva por qualquer coisa, estava quase pra esganar alguém. Com uns 20 dias de medicamento, meu marido me mandou jogar fora aquela porra pois eu não estava bem com aquilo. Cheguei a perder uns 4 kg mas não foi da melhor maneira.
Retornei ao médico, disse que havia me sentido mal com aquele remédio, falei até que tinha visto uma reportagem na TV dizendo que aquela substância, a sibutramina tinha sido proibida em alguns países. Ele não gostou do que ouviu, disse que os caras da TV querem saber mais que os médicos e tal e me passou outro remédio, que por sinal era mais de 200,00 paus. Conclusão: mandei pra casa do caralho! Não comprei o remédio, parei com a dieta e voltei a estaca zero.
Apesar disso tudo, não me aceitava do jeito que eu estava mas não estava preparada ainda para a mudança. Sempre tive em mente que devemos mudar quando sentimos necessidade e não porque um ou outro repara, ou fala que você tem que mudar. Foi isso que aconteceu comigo quando decidi emagrecer, um dia essa necessidade veio, pensei que queria viver melhor, viver mais, ser mais saudável.
Lembro que quando comecei a trabalhar novamente, pelo mês de março desse ano. Tive várias crises de pressão alta, quando subia as escadas da passarela para ir pra parada de ônibus, só faltava morrer de cansaço, sem contar que os joelhos doíam miseravelmente.
Foi então que pensei: Eu tenho duas filhas pequenas ainda, tenho um marido maravilhoso com quem quero passar muitos anos junto, tenho muitos planos, muita coisa para fazer e não posso viver assim desse jeito, esperando a morte bater a minha porta ou pior, ter de repente um AVC e ficar inválida dando trabalho para os outros, sendo um peso, um estorvo para quem tem muito que viver ainda. Vocês devem estar pensando: Como assim Nil, ficar invalida é pior do que morrer? Bom, pra mim é sim, pelo seguinte: penso que morrer rápido é bem melhor do que ficar doente e inválido isso causa muito mais sofrimento e não é só pra pessoa que está doente, mas pra todo o resto e isso eu não gostaria, prefiro a morte do que ficar numa cama, dependendo de outrem para comer, tomar banho enfim.
Pensando em todas essas coisas e muito mais, com minha mente fértil foi que decidi mudar!! Então, reuni todas as minhas forças, estabeleci uma meta e comecei a trabalhar para alcançar os meus objetivos. Confesso que não foi fácil começar, aliás ainda não é fácil, mas estou trabalhando dia-a-dia e vejo o quando progredi durante esse tempo e isso me dá mais forças para continuar...

...Na próxima postagem contarei como foi o início da nova rotina, abraço a quem passar por aqui!

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